Em 19 de janeiro de 2012 realizei
uma belíssima viagem com mais cinco amigos (Fred, Fredi, Júlio, Samir e Wilsom) pela Bolívia e Chile. Vou narrar
aqui um resumo da ida até o Salar de Uyuni, também conhecido como deserto de
sal.
Posso dizer que foi uma das
paisagens mais impressionantes que já vi na vida. É impossível não se
impressionar com as fantásticas paisagens que se apresentam . Neste período do
ano o Salar forma um espelho d’água, que ao fundo encontra o céu super azul,
tornando quase impossível distinguir onde começa o céu e onde termina a Terra. Para
quem gosta de fotografias, lá sem dúvida é um ótimo local para se fazer um
excelente álbum.
Da esquerda para Direita - Samir, eu, Fred e Fredi.
Neste período do ano a
temperatura é ótima, ficando por volta dos 19°C durante o dia. Na chegada da
noite a temperatura cai bastante e com o vento se faz necessário o uso de
agasalhos. Segundo informações do guia, nos meses de julho, agosto e setembro a temperatura é bastante baixa,
chegando a -15°C durante à noite. Por isso, se quiser fazer uma visita ao Salar,
tenha atenção à época do ano que vai escolher.
No Salar há um hotel todo feito
de sal. As paredes, as camas, as mesas, as cadeiras tudo é feito de sal. Hoje o
hotel foi desativado e virou um museu, pois o mesmo quando em atividade estava
contaminando o salar em virtude do despejo dos dejetos dos humanos.
DICAS
Para realizar a viagem deve-se
dirigir até a cidade de Uyuni. Se você estiver em La Paz, opte pelo avião. A
companhia aérea Amazon faz a linha La Paz – Uyuni. Mas, já que se trata da
Bolívia, confira a existência do vôo, e se possível compre a passagem no
aeroporto.
Não faça como nós que fomos de
ônibus. Nossa viagem demorou 12 horas para
percorrer aproximadamente 550 km. No
meio de tudo isto nosso ônibus atolou por volta das 02:00 da manhã ao tentar
cruzar um riacho. Tudo isso a mais de 3000 metros de altitude. Moral da história: tivemos que parar outro
ônibus na estrada e negociar com o motorista para que nos levasse até Uyuni.
Lá você encontrará diversas empresas que realizam os passeios pelo Salar.
Existem passeios de um, dois, três ou quatro dias, mas você pode negociar para
fazer o passeio de três dias em apenas dois, eliminando alguns pontos de visita
menos interessantes. Esta foi a nossa opção.
A visita é feita em carros tipo
SUV 4x4 e os passeios são para 06 pessoas. É necessário fechar as vagas para o
passeio partir. O preço médio para o
passeio de 03 dias é de U$ 120,00 por pessoa no passeio de três dias. Nós
fechamos a U$ 80,00 por pessoa o passeio de 02 dias. Admito que nosso pacote ficou
barato, mérito de meu amigo Wilson, grande conhecedor da arte da barganha (rs).
Os passeios começam a sair a partir das 09:00 da manhã, mas não há muito rigor
nos horários. O nosso por exemplo saiu às 11:00.
É imprescindível a utilização de
óculos escuros. Torna-se muito difícil abrir os olhos sem qualquer proteção ao
imenso brilho causado pelo reflexo do Salar. É semelhante ao brilho causado
pela neve. Leve protetor solar, pois sem perceber você queima bastante.
Como após a visita ao Salar o
passeio continua por uma região de puro deserto, tente escolher uma agência que
tenha um carro legal e que tenha ar condicionado funcionando, caso contrário
você irá sofrer com calor quando os vidros do carro estiverem fechados ou com a
poeira quando estiverem abertos. Não
tivemos a infelicidade de ter o carro quebrado, mas vimos alguns turistas no
prego. Por isso, um dos critérios de escolha da agência deve ser o carro.
Após o Salar, é necessário dormir
em um alojamento localizado no meio do deserto, que pode ser em Alota ou Villa
Mar. Ficamos em Alota. O alojamento é muito simples. As camas são horríveis, as
roupas de cama não são trocadas nunca, mas com o cansaço que estava, dormi como
uma pedra. É normal não ter água quente no chuveiro, mas pode ser que esteja
apenas desligado o sistema de aquecimento. Convém procurar o “liga-desliga”. Os bolivianos desligam o sistema para poupar
água, gás e energia.
A nossa agência forneceu boa
quantidade de alimentação, mas é conveniente levar sempre água e alguma coisa
para beliscar ao longo da viagem. Lembre-se que você está no deserto, a mais de
3000 metros de altitude, e mais, você está na Bolívia, e que os conceitos de higiene
e conforto são outros, portanto, prepare-se.
Quando falo em boa quantidade, informo que comemos algo simples, sem
luxo e que nos fez agüentar tranquilamente a viagem. Aviso também que perdi
quase 04 quilos nesta viagem, mas os motivos são outros. Afinal a altitude não
me causava muita fome.
Quem for mais complicado para
comer poderá sentir certa dificuldade nas refeições, mas nada que umas frutas
não resolvam.
Minha sugestão de visitas são:
Salar – Deserto de sal.
Vale de Rochas – Local de encontro de placas tectônicas.
Super bonito.
Lagoa vermelha – Lagoa com água em tons de vermelho. Esquisito
e interessante.
Lagoa verde –
É uma lagoa onde a água assume tons de verde. Bonita paisagem com o Vulcão
Licancabur ao Fundo;
Lagoa branca – É uma lagoa onde a água é bastante
esbranquiçada.
Geiser –
Aqui você pode ver os gêiser em plena atividade. Se chegar cedo pela manhã, a
pressão dos gases é muito maior.
Águas termais
– Piscina natural com água limpa e corrente com temperatura proxima dos 30° C, onde se pode tomar um banho bem relaxante. Pode
ficar tranquilo que esta água não é como a de “águas calientes” em Machu – Pichu, já que o nível de enxofre aqui
é quase imperceptível.
Nossa viagem ao Salar terminou em
São Pedro do Atacama no Chile, pois de lá seguimos para Iquique. Se você deseja terminar a viagem ali,
continuando pelo Chile, é preciso fazer o contato e pagamento do transfer ainda em Uyuni. A agência que
faz o passeio pode fazer isto por você. O valor do transfer é de U$ 20,00 por pessoa.
Há alguns passeios semelhantes
realizados pelo lado chileno, com agências chilenas, mas os preços são bem mais
altos.
Àqueles que desejarem quaisquer informações, peço que deixem o endereço de email no corpo do texto/mensagem, pois assim posso responder também diretamente e não apenas pelo blog.
Grande abraço.